O Brasil esta entre os países com maiores números de
pessoas empreendedoras do Mundo, mas também onde mais empresas fecham antes dos
5 anos. É mais fácil para um empresário, dizer que o motivo da falência de sua
empresa, ser a culpa do governo, da crise, do capital de giro etc., do que
assumir a falta de controle e gestão. De fato esses fatores são preponderantes
para a falência das empresas. Existem pesquisas que comprovam esse fato. Mas
afinal de contas essas pesquisas quando
efetuadas, são feitas com o próprio empresário que
provavelmente não sabe o porquê de sua falência. Afinal o que de fato acontece
com os novos empreendedores que fazem parte da lista que abriram suas empresas e
faliram entre os primeiros 5 anos de vida? É o principio da entidade que faz uma grande
diferença na gestão de uma empresa. Por quê? É exatamente a palavra chamada
principio de entidade. E o que é o
principio da entidade? É reconhecer que
o patrimônio de uma empresa, não se confunde com aquele dos seus sócios, ou
seja, a confusão causada pela falta de conhecimento, onde o empresário
“mistura”, suas receitas e despesas pessoais, com as receitas e despesas da
empresa, onde as contas físicas servem para movimentar contas da empresa ou as
contas da empresa servem para pagar as contas da pessoa física sem menor critério
ou controle. Para o sucesso da gestão de uma empresa, são
necessário definir quatro pontos básicos;
• Capital de giro, para a atividade diária da empresa
(Estoque e despesas gerais);
• Investimento, (instalações, maquinas e equipamentos);
• Pró-labore; (Remuneração dos Sócios)
• Distribuição de lucros; (Valor retirado da empresa pelos
sócios, por conta dos lucros).
Com maior atenção para os dois últimos itens, o pró-labore
e a distribuição de lucros, bem definidos de acordo com a possibilidade de
caixa da empresa, evita confundir a pessoa física e a pessoa jurídica e por
conseqüência o uso indevido ou demasiado dos recursos da
empresa. É necessário lembrar que apenas definir os valores sem controle e
acompanhamento, não resolve, é necessário os controles dessas retiradas de
pró-labore e distribuição de lucros. Uma vez, fazendo a retirada de lucros e
pró-labore da empresa, outro fator importante é o controle rigoroso das
despesas pessoais, em que os sócios devem cuidar para evitar a necessidade de
maior retirada do que esta prevista, deixando as empresas descapitalizadas
levando-as a insolvência. A bíblia nos diz que há um tempo para tudo, “tempo de
plantar e tempo de arrancar o que se plantou (Ec 3.2), o empresário cristão
deve ser prudente ao administrar o que Deus colocou em suas mãos, portanto;
Estabeleça o valor de seu pró-labore;
Somente faça uma retirada de lucros se a empresa de fato o
tiver.
Mesmo a empresa tendo lucros, estabeleça valores para
reinvestimentos na empresa e assim possibilitar sua continuada e vencer tempos
de crises;
Para perpetuar uma empresa, é necessário que a empresa
gere recursos e esses recursos sejam investidos em inovação, tecnologia, novos
serviços e tenha caixa para enfrentar os ciclos de crises econômicas ou de
mudanças de mercado.
Moises Faustino Dias
Graduado em Ciências Contábeis - MBA em Gestão Empresarial
pela
FGV- MBA em Gestão Estratégica de Marketing- FGV-
Professor Universitário,
Consultor de Empresas e Empresário